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Vissar Cultural

  • 6 de jan. de 2022
  • 3 min de leitura

Uma ideia roubada.


" ...

E viçar não é?

A pessoa não precisa saber o significado de imediato.

É um nome fácil de pronunciar.

E eu acho um nome leve...

Mas que tem poder!

Porque é o mesmo que alastrar-se.

(...)

Viçoso, viço, vício, vida...

Dá pra mudar a escrita pra VISSAR.

Pra tirar o cedilha que é ruim no internacional.

Não é por nada... Mas gostei do VISSAR.

E ainda parece um verbo novo:

'Já VISSOU hoje?'

Uma flor VIÇOSA.

Se você não quiser VISSAR, eu vou pegar pra mim.

kkkk

..."

A ideia era um nome para a lojinha virtual que a Natali, minha esposa, estava montando na época. Depois de tantas, peguei o dicionário de sinônimos que tenho na biblioteca e resolvi procurar algo para ajudá-la. Deveria ser algo com "vestir" e, naturalmente, fui lá para a letra "V". Passando a vista na página, me deparei com esta palavrinha, que me chamou a atenção: VIÇAR. "1 expandir-se: alastrar-se, ampliar-se, aumentar, desenvolver-se, difundir-se, disseminar-se, propagar-se, propalar-se < o progresso viça no interior > 2 vicejar: desenvolver-se, enviçar, luxuriar, medrar, vegetar." Com a recusa dela à minha sugestão - e sem que eu tivesse insistido muito - pensei em tomá-la para batizar algo que vinha pensando há anos. Algo que nem eu sabia muito bem o que era. E como alguma ideia que sentimos ser interessante, coloquei-a de "molho", em "banho-maria", cozinhando e criando conexões sozinha.

Uma boa pesquisada na internet e nenhuma similaridade nominal. Ponto positivo. Registro de domínio? Ok. Mais um ponto. Aí comecei a pensar no conteúdo que algo assim teria. Algo que fosse suficientemente interessante para as pessoas, mas que não deixasse de ter ou ser um pouco do que sou e posso transmitir. Fiz uma lista de assuntos que me permeiam, na tentativa de tornar um pouco mais clara a criatura que estava gerindo: paternidade, matrimônio, música, filosofia, fotografia, educação, livros, arte, cultura, astronomia, ciência, café, cerveja, poesia, esporte, animais, história, comida... A lista é longa. Difícil é filtrar. Fazer uma boa curadoria de assuntos, escolhendo o que pode ser relevante como conteúdo e que eu possa ter algum domínio ou, no mínimo, curiosidade por querer conhecer e poder levar adiante. Mais um tempo de "molho". Algumas receitas precisam ficar por longo período em fogo baixo.

Enquanto o "prato principal" estava no fogo, ia pesquisando os acompanhamentos: identidade visual, tipografia, mídias sociais, cores, site, e-mail... Quanta coisa para por em prática algo que eu nem sabia muito bem o que era. Mas eu sabia que precisava ser feito.

E foi feito.

Mas com certeza esse foi apenas o começo. Começo de uma aventura que dá um certo frio na espinha. Mas espero que seja repleta de arte e conhecimento. E que eu possa aprender muito, na medida que tudo isso vá se desenvolvendo.

O diálogo colocado no início desse texto, com a Natali, aconteceu no dia 24 de junho de 2020. Ano da pandemia. Ano de dificuldades e muitas incertezas. Mas também um ano de mudanças. No mundo e, acredito, na vida de cada um. Não podia deixar que fosse diferente comigo.

Talvez isto seja o resultado dessas mudanças. E aqui pretendo sempre me reinventar. "Roubar" ideias de mim mesmo e mostrar para o mundo. Pra que eu possa aprender um pouco mais e transmitir um pouco mais. Para que haja esse "vissar" de conhecimento, cultura, arte e quaisquer outras coisas que acho interessante.

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